sexta-feira, 4 de junho de 2010

MINHAS RAÍZES - A PROCURA (parte 04)

De Batatais a São Paulo

Alguns meses se passaram e me mudei para São Paulo, onde vim trabalhar. Na verdade mais precisamente morei por seis meses em Taboão da Serra e trabalhava em Cotia na região metropolitana de São Paulo, fazendo eventos em São Paulo e pelo Brasil afora.

Um belo dia resolvi sair de onde eu morava na zona oeste e peguei o metrô pra desembarcar na zona leste, mais precisamente na estação Bresser para ir ao MEMORIAL DO IMIGRANTE, antiga hospedaria por onde passou a maioria dos imigrantes chegados ao porto de Santos, e provavelmente algum italiano antepassado teria registro naquela hospedaria.


Conheci o museu meio às pressas, pois cheguei próximo ao fim do expediente. Visitei por meia horinha e fui para um dos terminais de pesquisas disponíveis.
Não encontrei os Fiocco, nem Lorenzini que eu procurava, mas acabei encontrando dados sobre alguns Ceribelli que talvez poderiam ser da família de minha bisnonna.
Anotei os dados sobre as pessoas da família, idades, data de chegada e navio.
Mas não dei muita atenção. Pois queria saber as informações sobre a família Fiocco.
A falta de experiência não me deixava ver que qualquer dado era importante. Alguns anos depois vim a confirmar que a família que eu havia encontrado nos registros era mesmo a de minha bisnonna Maria Ceribelli, que desembarcou no porto de Santos no navio vapor CAFFARO em 5 de outubro de 1891, com 14 anos, acompanhada de seus pais Antonio, 53 e Angela Colleoni, 49 e seu irmãos Giaccomo, 26, Alessandro, 21, Massimo, 19, Giuseppina, 17 (na verdade Isaia Giuseppe, vim a descobrir posteriormente), Francesca, 02, e Cecilia com 06 anos.

MINHAS RAÍZES - A PROCURA (parte 03)

Ainda em Batatais, fui ao cartório de registro civil prá tentar achar alguma certidão, mas, as coisas eram bem complicadas sem datas específicas.
Não me lembro como o oficial do cartório encontrou a certidão de óbito do meu Bisavô italiano. Talvez eu tenha dado a ele uma margem de erro de 5 anos e com boa a vontade que não lhe é peculiar ele conseguiu.
Nela constava: Adolpho Fiocco, filho de Angelo Fiocco e Maria Fiocco. Faleceu no dia tal do ano tal, pela causa tal.
Os dados batiam, mas os nomes dos pais do meu bisavô, na verdade, meu trisavós, eram divergentes dos que eu havia encontrado na certidão de casamento na igreja.
Lá constavam Adolpho, filho de Gaspár Fiocco e Dominga Fenci.
Que confusão! Já me bastava não saber a grafia correta do sobrenome da minha avó que continham as seguintes variações : Lucia Lourenzin, Luzia Lorenzin, Lourenzin, e na versão aportuguesada e adotada na maioria dos documentos Luzia Lorencini ou Lorencine. E agora o bisnonno!!!


Comecei a desenhar então o gráfico da minha árvore genealógica: colocava todos os nomes encontrados, mesmo que divergentes, os colocava como opções, possibilidades, até eu investigar mais a fundo e descobrir os verdadeiros nomes, sobrenomes e grafia corretos.
Todo e qualquer dado era bem vindo. Cada nome era um
a vida de milhares de informações, cada data específica tinha um significado especial. Ficava cada vez mais interessante o quebra-cabeça, as peças iam se juntando aos poucos.

Na árvore já se podia contemplar: Eu, meus Pais, meus quatro Avós, meus oito Bisavós e também os nomes de oito Trisavós dos quais eu tinha conhecimento:

  • Bazelio Lorenzini e Antônia Cappelletti
  • Gaspár ou Angelo Fiocco e Maria ou Dominga Fenci
  • Antonio Ceribelli e Angela Colleoni
  • Gerardo Aldrighi e Maria Fabbris.
 
Nenhuma pista de que cidade ou região da Itália eles vieram. Em todos os registros achados até agora constavam penas a frase: natural de Itália.
Meu tio Álvaro (que já havia ido à Itália a passeio) dizia que meu bisavô Fiocco era da região de Vêneto, podendo ser de Rovigo, Veneza, Verona. Mas nada concreto.